quarta-feira, janeiro 03, 2007

 

Os trabalhadores do «Libération» aceitam a mudança de estatuto

Os trabalhadores do Libération aprovaram a mudança de estatuto da sociedade, condição sine quam non colocada pelo accionista principal, afim de levar à recapitalização do jornal à beira da falência, numa votação que teve lugar quarta-feira, 3 de janeiro.

Para que a votação fosse válida, era necessário obter uma maioria em dois dos três departamentos, dos quais o dos redactores. Uma primeira votação, a 19 de dezembro, não permitiu que fosse alcançada a maioria.

No departamento dos redactores, 128 pessoas votaram a favor da alteração do estatuto, 61 contra e 12 em branco ou nulo, o sim alcançou 68% do dos votos. No departamento dos fabricantes, 14 pessoas votaram sim e 14 contra. No departamento dos administrativos, 26 pessoas votaram sim e 17 não. O sim alcançou 60% dos votos.

RECAPITALIZAÇÃO ATÉ CERCA DE 15 MILHÕES DE EUROS

A aprovação pelos trabalhadores da mudança de estatuto do Libération leva a transformações no quotidiano do jornal, começando pela passagem a sociedade anónima, dotada de um conselho fiscal e directório. Esta mudança leva igualmente ao abandono por parte Sociedade civil do pessoal do Libération (SCPL), que representa os acionistas-trabalhadores, do direito de veto do qual dispunham actualmente sobre as grandes decisões relacionadas com o jornal: aumento do capital, filiação e nomeação do Presidente.

Esta renúncia foi apresentada pelo accionista principal do jornal, Edouard de Rothschild (38.8% do capital), como condição sine qua non para a injecção de capital no jornal e à captação de novos accionistas. A identidade destes últimos deverá ser revelada quinta ou sexta feira.

O plano de rectificação do jornal, que acusou uma perda estimada em cerca de 12 milhões de euros em 2006, prevê a sua recapitalização até 15 milhões de euros.

Libération.fr.

Artigo publicado no jornal Libération. 3.01.07. (Proposta de tradução por João Machado-Entresede)


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